20 de jun. de 2011

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Às vezes penso em como é difícil lidar com as pessoas. É incrível como pode se viver tanto tempo com uma pessoa e simplesmente não saber qual é uma das coisas que ela mais gosta, ou odeia, assim como há pessoas com quem você convive apenas uma semana e já sabe até qual é o seu maior defeito e qualidade. Mas conhecer de verdade é tão difícil… As pessoas sempre nos surpreendem.
Não acredito mais na teoria que as pessoas falam para você "ser você mesmo". Pare para pensar e reflita: seja você mesmo, mas vai ter que aturar alguém olhando para você com os olhos esbugalhados, supreendido pelo o que você acabou de fazer. Sinto como se às vezes é melhor cada um viver no seu mundinho para deixar de ser julgado, mas é óbvio que temos que encarar o mundo lá fora.
Menina meiga, nerd e carinha de anjo pode sim falar puta que pariu com todas as letras e adorar filmes de besteirol americano — mas na frente dos outros é apenas a bonitinha intocável. Rapaz metido, galinha e babaca pode escrever poesias, ler Dom Casmurro e usar mais de 5% do seu cérebro — mas na frente dos outros é apenas um cara idiota que não vale a pena acreditar em uma única palavra do que diz.
Pessoas realmente interessantes se refugiam dentro de seu âmago e só exprimem aquilo o que as pessoas quer que façam. Ser "você mesmo" está tão na moda que sua verdadeira personalidade, aquela quem você é quando está sozinho no quarto com sua bagunça, fica por lá depois que você passa da porta e nem ao menos percebe — e ainda sim diz que é você mesmo, porque está na moda.
Da nossa mais pura essência, com sorte, somente uma ou outra pessoa conseguirá descobrir. Sempre nos contentamos apenas com a ponta do iceberg, esquecendo de mergulhar fundo com medo de quebrar o gelo.

(texto por Ana Fávia)

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